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terça-feira, 15 de setembro de 2009

REVOLUCAO DE 1930 BRASIL

Revolução de 1930 - Brasil

A revolução de 1930 ocorreu porque uma grave crise econômica e política atingiam o país. A quebra da bolsa de valores de Nova Yorque refletiu tremendamente no Brasil e fábricas fecharam, demissões em massa ocorreram, salários caíram e havia dois milhões de desempregados no país.
Caíram as cotações de café no mercado internacional e o Brasil, principal exportador deste, ficou prejudicado, pois o café permaneceu estocado, sem compradores.
Politicamente também a situação se conduzia mal. Havia entre São Paulo e Minas Gerais um revezamento na presidência da república, o chamado esquema "café com leite". Esse esquema sofreu um grande abalo.
Atendendo aos apelos dos fazendeiros paulistas, o presidente Washington Luis impôs o nome de Júlio Prestes para sua sucessão em 1930, quebrando o acordo anterior.
Inconformado, o partido republicano mineiro uniu-se ao do Rio Grande do Sul, formando a Aliança Liberal e lançando a candidatura de Vargas à presidência.
Mas por trás dessa aliança havia participantes do movimento tenentista, jovens oficiais que desde 1922 lutavam para derrubar a República Velha. Líderes como Miguel Costa, Luis Carlos Prestes, Juarez Távora, Siqueira Campos e outros que eletrizaram o país em 1924/25 na campanha da coluna Prestes, representavam perspectivas de mudanças.
Em 1930 a Aliança Liberal era a grande esperança brasileira, mantendo um programa progressista. O programa apresentado por Getúlio Vargas prometia ainda solucionar as questões sociais isto é, fazer justiça ao povo.
A Aliança Liberal, com Getúlio à frente, partiu para o "assalto armado" ao poder e derrubou a velha situação.
Em 1930 Getúlio Vargas toma posse da presidência da república, o que dava início a um novo período da história brasileira: a era Vargas.

Era Vargas

Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo e passa a governar com poderes ditatoriais. Sua forma de governo passa a ser centralizadora e controladora. Criou o DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda ) para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo.
Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários do comunismo. Enviou Olga Benário, esposa do líder comunista Luis Carlos Prestes, para o governo nazista.

Realizações: criou a Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.
GV investiu muito na área de infra-estrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE (Instituto brasileiro de Geografia e estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe militar.

O Segundo Mandato
Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do “Petróleo é Nosso" que resultaria na criação da Petrobrás.
O suicídio de Vargas
Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com uma frase que entrou para a história: "Deixo a vida para entrar na História." Até hoje o suicídio de Vargas gera polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país não era positiva o que gerava muito descontentamento entre a população.


A república Populista no Brasil (1945 – 1964)

Eurico Gaspar Dutra (1946 - 1951)
O governo Dutra correspondeu à redemocratização do país. Após tomar posse foi instalada uma Assembléia Nacional Constituinte com o objetivo de elaborar uma nova Constituição.
Esta foi promulgada (votada) em 1946, devolvendo aos estados a autonomia que lhes havia sido tomada pelo autoritarismo do Estado Novo.
O presidente passou a ter um mandato de cinco anos, voltando o cargo de vice-presidente.
Dutra foi o primeiro presidente a realizar um planejamento global de seu governo, traçando as metas prioritárias que deveria atingir. Foi criado o Plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia) que, aliás, fracassou, em razão das dificuldades econômicas encontradas pelo governo.
Das metas previstas, apenas o transporte e a energia tiveram algum desenvolvimento. Foi construída a Via Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo e explorando o potencial energético da Cachoeira de Paulo Afonso.
Com o fim da guerra, haviam surgido duas potências que passaram a disputar a hegemonia mundial: os Estados Unidos e a União Soviética. Tendo iniciado a Guerra Fria entre elas, o Brasil foi obrigado a optar em qual lado iria se alinhar.
Tendo decidido ficar ao lado dos americanos, o país cortou relações diplomáticas com a União Soviética. Como conseqüência, o PCB foi extinto e todos os parlamentares comunistas eleitos, tiveram seus mandatos cassados.
Terminada a guerra, o Brasil possuía no exterior um crédito da ordem de 700 milhões de dólares, referente às exportações efetuadas durante a guerra. Durante o governo Dutra o país gastou o crédito com importações de supérfluos como geladeiras, automóveis de luxo, matéria plástica, nylon, latas de conserva e aparelhos de TV, sendo que na época, não havia ainda no país, emissoras de TV.
Fiel à sua linha conservadora, Dutra fechou os Cassinos e proibiu o jogo.
A 3 de outubro foram realizadas eleições presidenciais e Getúlio Vargas ( PTB - PSD ) foi eleito presidente, conseguindo cerca de 48,7% dos votos.

Segunda presidência de Vargas (31/01/51 a 24/08/54)
Desde o início de seu governo, Getúlio não conseguiu o apoio de todas as classes sociais. Para muitos, ainda era o ditador do Estado Novo Ciente disso procurou apagar a imagem do governante autoritário e substituí-la pela de presidente democrático.
Pretendendo implantar uma política nacionalista, sofreu forte oposição por parte de vários segmentos civis e militares, como também, dos Estados Unidos. Para os americanos, não interessava essa política nacionalista, pois, além de Vargas pregar o monopólio estatal na exploração de petróleo, criticava as remessas de lucros que as empresas estrangeiras enviavam aos seus países de origem.
Utilizando o lema “O petróleo é nosso”, Getúlio realizou uma intensa campanha nacionalista e conseguiu se sair vitorioso. Em 1953, foi criada a Petrobrás, e talvez sua maior obra, onde foi nacionalizada a exploração do petróleo. Pouco depois, criou a Eletrobrás, nacionalizando a exploração da energia elétrica.
A principal ala oposicionista era liderada por Carlos Lacerda, jornalista carioca, diretor do jornal “Tribuna da Imprensa” e porta voz da UDN.
No dia 5 de agosto de 1954 aconteceu o “crime da Rua Tonel Eros”, ou seja, um atentado a Carlos Lacerda, tendo morrido o major que o acompanhava, Rubens Vaz. Após as investigações, chegou-se à conclusão que o responsável fora Gregório Fortunato, guarda pessoal de Getúlio Vargas. Vários oficiais da Aeronáutica romperam com o presidente. O vice-presidente, João Café Filho, aconselhou Getúlio a renunciar.
Dia 23 de agosto, Café Filho rompeu com o presidente e no dia seguinte, pela manhã, Getúlio foi encontrado morto com um tiro no coração.

Brasil após a morte de Vargas
Com a morte de Getúlio, assumiu o vice João Café Filho. Em 1955, aconteceram eleições presidenciais, tendo saído vitorioso um político de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek. Após o pleito, correram boatos que as eleições seriam anuladas, pois Juscelino não havia conseguido a maioria absoluta dos votos. Os boatos faziam parte de um plano para impedir a posse de JK.
Café Filho solicitou afastamento, alegando problemas de saúde e a presidência foi ocupada pelo presidente da Câmara, Carlos Luz, um dos golpistas. Este , pressionou a saída do Ministério da Guerra, General Teixeira Lott. Considerado legalista, Lott não iria permitir um golpe de estado.
Fora do ministério, Lott e alguns militares empreenderam um " golpe legalista " colocando milhares de soldados nas ruas do Rio de Janeiro. Carlos Luz fugiu, sendo substituído pelo presidente do Senado Nereu Ramos. Este governou, até a posse de JK.
Juscelino Kubitschek (1956 - 1961)
Juscelino havia lançado em sua campanha eleitoral o slogan “Cinqüenta anos em cinco” quando prometeu um grande desenvolvimento para o país. Realmente, o Brasil conheceu um período de enorme desenvolvimento, mas, ao contrário de Getúlio, Juscelino permitiu e até incentivou a entrada de capital estrangeiro no país. Seu plano de governo estava contido no Plano de Metas.
Na indústria e transporte as metas foram superadas. Juscelino implantou no país uma indústria automobilística, através da instalação de várias fábricas de automóveis. No setor industrial foram também instaladas várias indústrias, mas quanto à energia, saúde e educação, as metas não foram atingidas. No campo da agricultura, praticamente nada fez.
Juscelino foi também responsável pela construção de Brasília. Obra do arquiteto Oscar Niemeyer e do urbanista Lúcio Costa, Brasília foi construída praticamente em quatro anos. A mudança para a nova capital aconteceu no dia 21 de abril de 1960Além das realizações, ao findar o seu governo, Juscelino deixou vários problemas como uma inflação bastante alta, grande dívida externa, inúmeras greves e intensa agitação social.

Jânio Quadros (31/01/ a 25/08/1961)
Jânio foi eleito com a maior votação que um homem público havia tido até então. Extremamente populista Jânio sabia tirar partido de sua imagem, passando ao eleitorado uma imagem aparentemente simples, com o qual o povo adora se identificar. Tinha como símbolo uma vassoura quando, nos comícios, prometia varrer a corrupção existente nos órgãos públicos. Seu partido político era a UDN.
Sua política interna caracterizou-se por medidas para combater a inflação ( cerca de 25% a 30% anuais ), a enorme dívida externa ( algo em torno de três bilhões e quatrocentos milhões de dólares ), o déficit na balança de pagamentos e uma generalizada crise econômica.
Para tentar conter a crise, Jânio desvalorizou a moeda, congelou os salários, restringiu os créditos e conteve as remessas de lucros que as empresas estrangeiras enviavam ao exterior. Tais medidas concorreram para aumentar o custo de vida e torná-lo impopular.
Na política externa, adotou uma linha independente, aproximando o Brasil do bloco socialista. Foi neste contexto que restabeleceu relações com a União Soviética, não aderiu ao bloqueio de Cuba imposto pelos Estados Unidos, condecorou Ernesto “Che” Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul e enviou o vice-presidente à China Comunista.
Pressionado por inúmeras forças em razão de sua política interna e externa, a 24 de agosto, após quase sete meses de governo Jânio renunciou à presidência da República. O motivo, " ocultas forças terríveis levantam-se contra mim", nunca foi devidamente explicado.

João Goulart (07/09/1961 a 31/03/1964)
Com a renúncia de Jânio, o governo foi ocupado interinamente pelo deputado Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara dos Deputados, uma vez que Jango se encontrava na China Comunista.
Enquanto Jango retornava, o país dividiu-se em dois blocos com opiniões diferentes a respeito de sua posse. Um deles, contra a posse, alegava que ele não poderia assumir por ser comunista e despreparado para governar. Era formado por três militares e Carlos Lacerda.
O outro grupo defendia sua posse. Era formado pelo Congresso Nacional, sindicatos, organizações estudantis, e imprensa falada. Um dos mais ferrenhos defensores era seu cunhado Leonel Brizolla, na época, governador do Rio Grande do Sul.
Para resolver a questão, foi votada uma emenda à Constituição de 1946 e adotado o sistema parlamentarista. Jango assumiria, mas quem governaria seria o primeiro-ministro. O novo sistema foi adotado no dia 2 de setembro de 1961, Jango tomou posse.
Tancredo Neves foi escolhido para ocupar o cargo de primeiro-ministro. Entretanto, em virtude da gravidade da situação que o país passava foi realizado um plebiscito e o parlamentarismo foi derrubado a 6 de janeiro de 1963.
No dia 13 de março de 1964, aconteceu no Rio de Janeiro o Comício da Central, realizado em frente à estação da Estrada de Ferro Central do Brasil. Em discurso para cerca de 200 mil pessoas, Jango assinou decreto criando a reforma agrária. Em razão dos dizeres das faixas e cartazes e do grande número de bandeiras vermelhas, o comício foi considerado de orientação comunista.
A 19 de Março, São Paulo respondeu com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, uma passeata organizada pelos setores mais conservadores da sociedade. Cerca de 500 mil pessoas percorreram as principais ruas da cidade.
Um golpe militar começou a ser preparado. O General Humberto de Alencar Castelo Branco, chefe do Estado Maior das Forças Armadas, denunciou em circular, infiltração comunista nos quartéis de Brasília. O golpe de estado aconteceu a 31 de março de 1964. Jango foi deposto, tendo assumido o presidente da Câmara, deputado Ranieri Mazzilli. A queda de Jango marcou o fim da República Populista e o início da ditadura militar.




Revolução de 1964

A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organizações populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria.
Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.
Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava.
No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil (Rio de Janeiro), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.
Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo.
O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). Este cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.





A Ditadura Militar (1964 – 1985)


GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967)

Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária.
Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.
O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.

GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)

Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE ( União Nacional dos Estudantes ) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil.
Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar.
A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e seqüestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada.
No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 (AI-5). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.

GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)

Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademarker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica).
Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN seqüestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva".
No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Marighela, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo.

GOVERNO MEDICI (1969-1974)

Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como “anos de chumbo”. A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censurados. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna) atua como centro de investigação e repressão do governo militar.
Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares.

O Milagre Econômico
Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.
Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.

GOVERNO GEISEL (1974-1979)

Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.

Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades.
Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante.
Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.

GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985)

A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado.
Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT).
A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já
Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.
Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país.






































Introdução:


A Revolução de 30 foi um movimento iniciado por oligarquias insatisfeitas com o resultado das eleições presidenciais de 1930 em associação com grupos radicais de oficiais do exército brasileiro. Através de um movimento militar, essa coalizão heterogênea derrubara o governo legalmente constituído, com uma plataforma de moralização das práticas políticas e de transformações sociais e econômicas.
A Era Vargas, que teve início com a Revolução de 1930 e expulsou do poder a oligarquia cafeeira, ramifica-se em três momentos: o Governo Provisório -1930-1934 -, o Governo Constitucional - 1934-1937 - e o Governo Ditatorial 1937-1945 (Também chamado Estado Novo).
Com a deposição de Vargas e a realização de eleições para a Assembléia Constituinte e para presidente (é eleito o General Eurico Gaspar Dutra, com apoio de Vargas), começa a “redemocratização” do país. Este período foi caracterizado pela consolidação do populismo nacionalista, fortalecimento dos partidos políticos de caráter nacional e grande efervescência social. A indústria e, com ela, a urbanização, expandiu-se rapidamente.
O Golpe Militar de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que culminou no dia 1º de abril em um Golpe de Estado, que interrompeu o governo do presidente João Belchior Marques Goulart, também conhecido como Jango, que havia sido democraticamente eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros à presidência pela União Democrática Nacional (UDN). Jânio renunciou ao mandato no mesmo ano de sua posse (1961) e quem deveria substituí-lo automaticamente e assumir à Presidência era João Goulart, segundo a Constituição vigente à época e promulgada em 1946. Porém este se encontrava em uma viagem diplomática na República Popular da China. Militantes então acusaram Jango de ser comunista e o impediram de assumir seu lugar como mandatário no regime presidencialista.
Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.




















Conclusão:



A revolução de 1930 A Revolução de 1930 foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado, o Golpe de 1930, que depôs o presidente da república Washington Luís em 24 de outubro de 1930, impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e pôs fim à República Velha.
Embora tenha sido um ditador e governado com medidas controladoras e populistas, Vargas foi um presidente marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras de infra-estrutura e desenvolver o parque industrial brasileiro, tomou medidas favoráveis aos trabalhadores. Foi na área do trabalho que deixou sua marca registrada. Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores brasileiros.
O populismo foi um fenômeno tipicamente latino-americano que surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Seus principais representantes foram Getúlio Vargas no Brasil e Juan Domingo Perón, na Argentina. Os políticos populistas eram, geralmente, líderes carismáticos que tentavam passar ao povo uma imagem popular oferecendo algumas conquistas sociais. O melhor exemplo disso, ainda é Getúlio Vargas com sua legislação trabalhista. Entretanto, mais do que o benefício do povo, as realizações sociais desses políticos visavam aumentar a sua popularidade junto às camadas populares.
No dia 31 de março de 1964, atendendo aos reclamos das lideranças democráticas e do povo brasileiro, as forças armadas saíram dos quartéis e
Destituíram o Governo Goulart, sem revolução civil, sem derramamento de sangue, em clima de ordem, salvando o Brasil do caos comunista.
A ditadura restringiu o exercício da cidadania e reprimiu com violência todos os movimentos de oposição. No que se refere à economia, o governo colocou em prática um projeto desenvolvimentista que produziu resultados bastante contraditórios, tendo em vista que o país ingressou numa fase de industrialização e crescimento econômico acelerados, sem beneficiar, porém, a maioria da população, em particular a classe trabalhadora.

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