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domingo, 13 de setembro de 2009

I Ching


Sequência do Rei Wen
O I Ching ou Livro das Mutações, é um texto clássico chinês composto de várias camadas, sobrepostas ao longo do tempo. É um dos mais antigos e um dos únicos textos chineses que chegaram até nossos dias. Ching, significando clássico, foi o nome dado por Confúcio à sua edição dos antigos livros. Antes era chamado apenas I: o ideograma I é traduzido de muitas formas, e no século XX ficou conhecido no ocidente como "mudança" ou "mutação".
O "I Ching" pode ser compreendido e estudado tanto como um oráculo quanto como um livro de sabedoria. Na própria China, é alvo do estudo diferenciado realizado por religiosos, eruditos e praticantes da filosofia de vida taoísta.
I Ching
Chinês Tradicional:
易經
Chinês Simplificado:
易经
Hanyu Pinyin:
Yì Jīng;
Wade-Giles:
I4Ching1
Alt. romanização
I Jing, Yi Ching, Yi King
Cantones Jyutping:
jik6 ging1

Índice
[esconder]
1 Filosofia e cosmologia no I Ching
2 História
2.1 Dinastia Chou
3 O uso oracular do I Ching
4 Referências
5 Ver também
6 Ligações externas
Filosofia e cosmologia no I Ching
As oito figuras que formam o I Ching estão na base da cultura que se desenvolveu na China durante milênios. Para os chineses a ordem do mundo depende de se dar o nome correto às coisas, portanto o significado de "I" sempre foi objeto de discussão.
Alguns vêem o ideograma I como semelhante ao desenho de um camaleão, representando o movimento (como o lagarto) e a mutação (como o mimetismo do camaleão). Outros afirmam que o ideograma é formado pelo do Sol em cima e o da Lua embaixo, a mutação sendo simbolizada pelo movimento incessante destes astros no céu.
Para o pensameno chinês, não há o que mude, há apenas o mudar. A mutação seria o caráter mesmo do mundo. Mas a mutação é, em si mesma, invariável, ela sempre existe. Portanto, "I" significa mutação e não-mutação. Subjaz, à complexidade do universo, uma 'simplicidade' que consiste nos princípios que estão por trás de todos os ciclos. Ao fluir com as circunstâncias se evita o atrito e portanto a resistência: esse é o caminho do homem sábio.
Tanto o taoísmo como o confucionismo, as duas linhas da filosofia chinesa, beberam da fonte do I.
Tudo que ocorre no céu e na terra tem sua imagem nos oito trigramas, que estão continuamente se transformando um no outro. Têm várias camadas de significados, e representam processos da natureza. São, portanto, o mundo arquetípico, ou o mundo das idéias de Platão. É usada para ilustrá-los a analogia com a família:
o pai é forte
a mãe é maleável
os três filhos são as três fases do movimento: início, perigo e repouso
as três filhas são as três etapas da devoção: suave penetração, clareza e tranqüilidade
Em Heráclito, e mais tarde na dialética européia, encontramos os ecos da fluidez que é a base do I Ching.
História
Há cerca de seis ou sete mil anos havia um mito universal de que todos os seres eram provenientes do útero de uma Mãe Cósmica [1]; tal mito da criação universal teve lugar durante uma fase informe do mundo, aonde nada podia ainda ser identificado. Inicialmente cultuada na Índia, como Kali, a Mãe Informe, recebeu depois o nome de Tiamat (Babilônia), Nu Kua(China), Temut (Egito), Têmis (Grécia pré-helênica) e Tehom (Síria e Canaã) --este último foi o termo usado mais tarde pelos escritores bíblicos para Abismo. As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. Acreditava-se que a partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitasse este sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade. Essa é uma das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em movimentos pélvicos e abdominais. Muitas tradições referiram o princípio do coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno, "uma energia capaz de coagular o caos espumoso" [2] organizou, separou e definou os elementos que compõem e produzem o cosmos; a esta energia organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos, a Determinação da Deusa. Os egípcios, nos hieróglifos, chamaram este coração de ab e os hebreus foram os primeiros a chamar de pai (ainda que masculinizassem, a idéia fundamental de família e continuidade da vida não era patriarcal).
O coração e o sangue definem um elo imanente a todos os seres que dele nasceram e uma idéia de coração oculto do universo que pulsa e mantém o ritmo de ciclos das estações, dos nascimentos, mortes, destinos. Este é o significado que está no Livro dos Mortos ou das mutações. No mesmo sentido o livro chinês é denominado Livro das Mutações.
O nome chinês dado à Mãe Primordial e informe é Nu Kua, nome referido também entre os egípcios, gregos, mesopotâmicos e hindu. As referências a ela remontam há 2.500 a.C. e a imagem permanece venerada nas regiões setentrionais. Kuan Yin ou A Mulher é uma deusa dos casamentos e das mulheres em geral. O corpo original do I Ching chama-se (oito Trigramas) e os sessenta e quatro hexagramas são denominados por kua, derivado linguístico de Mãe Primordial ou Nu Kua.
Dinastia Chou
O I Ching surgiu antes da dinastia Chou (1150-249 a.C.) e era um conjunto de oito Kua, figuras formadas por três e seis linhas sobrepostas. James Legge, na tradução para o inglês (1882), chamou de trigrama o conjunto de três linhas e hexagrama o de seis, para distingui-los entre si.
A origem dos 64 hexagramas é atribuída a Fu Hsi, o criador mítico chinês, e até a dinastia Chou eles formavam o I. Os oito trigramas têm nomes não encontrados em chinês, a origem é pré-literária.
O tempo obscureceu a compreensão das linhas, e no começo da dinastia Chou surgiram dois anexos: o Julgamento, atribuído pela tradição ao rei Wên, e as Linhas, atribuídas a seu filho, o duque de Chou, ambos fundadores desta dinastia.
Mais tarde, mesmo o significado destes textos começou a ficar obscuro, e no século VI a.C. foram acrescentadas as Dez Asas, que a tradição atribui a Confúcio, embora seja claro que a maioria delas não pode ser de sua autoria. O nome "I Ching" é dado ao conjunto dos Kua e todos os textos posteriores.
O I Ching escapou da grande queima de livros feita pelo tirano Ch'in Shih Huang Ti, no tempo em era considerado um livro de magia e adivinhação, o que levou a escola de magos das dinastias Ch'in e Han a interpretá-lo segundo outras visões A doutrina do yin-yang foi sobreposta ao texto. O sábio Wang Pi veio a resgatá-lo como livro de sabedoria.
Houve várias traduções do "I Ching" para línguas ocidentais, algumas claramente desrespeitosas, tratando a cultura chinesa como primitiva. A tradução de Legge fez parte da série Sacred books of the East (Livros sagrados do Oriente), e foi traduzida também para o português.
Richard Wilhelm traduziu o I Ching para o alemão ao longo dos anos em que viveu na China, inclusive durante a invasão japonesa, quando a cidade em que estava foi cercada. Teve o apoio de um velho e sábio mestre, Lao Nai Suan, que morreu ao ser concluída a tradução. A edição alemã é do ano de 1923. Wilhelm traduziu também outro clássico chinês, o Tao Te Ching.
O uso oracular do I Ching
A ênfase no aspecto oracular do "I" variou com o tempo. No século VI a.C. era visto mais como livro de filosofia, ao passo que na dinastia Han, quando a magia teve grande papel, era visto como oráculo.
Como todo oráculo, exige a aproximação correta: a meditação prévia, o ritual, e a formulação precisa da pergunta. O oráculo nunca falha, quem falha é o consulente: se a pergunta não foi clara e precisa, isto indica que a pessoa não tem clareza sobre o que deseja saber. O ritual tem a função psicológica de focar a atenção da pessoa na consulta.
A consulta oracular é feita com 50 varetas (originalmente de mil-folhas, uma planta sagrada), das quais uma é separada e as outras 49 manuseadas, seguindo seis vezes a mesma operação matemática, para a obtenção da resposta. Dessa manipulação resulta uma linha firme ou uma linha maleável, que podem ser móveis. As linhas firmes são resultado da obtenção dos números 7 ou 9, e as maleaveis vêm dos números 6 ou 8. Destes, 6 e 9 correspondem a linhas móveis que, por estarem prestes a mudar, têm importância na interpretação.
O I Ching, por ser um livro sagrado, e as varetas usadas na consulta, eram guardados em uma caixa de madeira virgem, embrulhados em seda também virgem.
No Japão, a consulta é feita com o uso de três moedas.
15 de Janeiro de 2004Com o novo "Acesso ao Livro das Mutações" John Blofeld nos fala sobre a Natureza e Origem do I Ching da seguinte maneira:
"Não havia nada a esse respeito, até que providencialmente, estudantes Asiáticos atuais, começaram a se interessar bastante sobre materiais científicos, o que para bem ou para mau, contribuiu muito para transformar a vida humana, especialmente no Ocidente.
Anteriormente os pensadores Asiáticos estavam ocupados com a origem do significado da vida ou em última instância com o verdadeiro objetivo do ser humano e as formas de utilizar o conhecimento vital para o auto cultivo e auto conquista. Um dos mais valiosos e ainda um dos mais coerentes trabalhos, que adiciona entendimento aos processos rítmicos da vida, com o propósito de levar o homem a harmonizar-se com eles, é o Livro das Transmutações".
De fato, no Ocidente, desde Galileu, o pai do método científico (que viveu por volta de quatrocentos anos atrás), os cientistas têm investigado continuamente as leis naturais ou leis positivas. Os mais altos conceitos sem dúvida alguma, são a Primeira, Segunda e Terceira Lei de Newton da Dinâmica e a sua Lei Universal da Gravidade. A equação de Einstein para a relação entre a matéria e a energia é E=MC2. Estas leis positivas conduziram finalmente o homem ao entendimento da Natureza e Ruptura do Átomo, mas não tantas leis foram descobertas no que diz respeito à Cultura e Ciências humanas. Tudo o que conhecemos são leis Causais, presunções metodológicas e Leis Estatísticas, Leis Tecnológicas, etc. Porém no que diz respeito ao lado humanístico, o Ocidente é bastante atrasado em comparação às conclusões sobre ciência Natural.
Como o I Ching representa o primeiro combate da mente Chinesa para descobrir os mistérios e segredos do Universo tão bem como a natureza do homem e sua cultura, trata-se de um livro de disciplinas unificadas, incluindo estudos de cosmologia, sociologia, culturologia e ética. Em resumo, o I Ching é um tipo de Filosofia Sintética. Uma explicação interessante sobre como os antigos sábios chegaram às suas conclusões para usarem os Hexagramas como preceitos abstratos que expressam fatos reais, é que eles usaram fórmulas de mutações nas quais os múltiplos fenômenos são despidos de sua variedade e reduzidos à unidade e harmonia. No Apêndice do Livro encontramos:
"No início dos tempos, quando Fu Hsi andava pelo mundo, olhou para cima para observar os fenômenos dos corpos planetários, olhou para baixo para provar as leis das miríades de coisas na Terra. Examinou os sinais dos pássaros e bestas e estudou como estavam adaptados em seu habitat. Algumas idéias, retirou da observação de seu próprio ser enquanto que outras, através das coisas dispersas na Terra. Assim, ele inventou os Oito Trigramas, como um meio de comunicar as virtudes dos seres espirituais e dar significado às características de miríade de coisas". (O Apêndice, Parte II).
A passagem acima descreve o método pelo qual o primeiro sábio formou uma visão cósmica e princípio ético da vida. No Apêndice atribuído à Confúcio, encontramos:
"O I harmoniza-se com o Céu e a Terra, dando como resultado, sua completa interação com o "Tao" do Céu e da Terra."( Apêndice IV). O "I" é um livro vasto e grande no qual todas as coisas estão completamente contidas. O Tao do Céu está nele, o Tao da Terra está nele e o Tao do Homem está nele. Combina estes três poderes primários e os duplica; aí está o porque de haverem seis linhas. Estas linhas, não são outra coisa senão o Tao dos três poderes primários" (O Apêndice, Parte II)
E ainda, o autor do Apêndice corrobora que "o conhecimento contido neste livro é compreensível o suficiente para abranger todas as coisas do Universo e sua filosofia útil o bastante para beneficiar a todas as pessoas do mundo". (O Apêndice, Parte I)
O I Ching tem sido comentado e interpretado por centenas de livros de vários autores chineses durante os últimos 2000 anos e é sem dúvida um sistema altamente complexo. Observando as questões a respeito de suas origens, Wang Kuo Wei (1877 a 1927 d. C) escreveu:
"O texto deste trabalho possui as 'notas explicativas nos Hexagramas (Kua Tzu) e as notas explicativas nas linhas esquemáticas (Hsiao Tzu)' e foi composto na primitiva dinastia Chou. Seus comentários, 'Os Dez Apêndices - Shih I - literalmente As Dez Asas' foram atribuídos à Confúcio ou a seus discípulos que os escreveram de acordo aos seus ditames."
Apesar de acreditar que o I Ching deve sua remota origem aos Oito Trigramas de Fu Hsi, um crítico moderno baseando sua especulação na antropologia, teorizou que os Oito Trigramas foram desenhados pelos mágicos da sociedade literária que deveriam ser os mesmos mágicos ou sacerdotes da Dinastia Yin (sec. 17 a sec. 11 a C.)
Em meu próprio julgamento, gostaria de sugerir que a idéia original do I Ching, particularmente o conceito de TAO (também conhecido como Tai Chi), foi originada há muito tempo atrás, provavelmente na Era Totêmica dos princípios Paleolítico e Neolíticos. Tanto Confucionistas como Taoístas baseiam seus sistemas no TAO, que tem sido explicado através do I Ching. De acordo a este livro, um aspecto Yin e um aspecto Yang, configuram TAO, aquilo que foi definido por Lao Tzu como INDEFINÍVEL, O PRINCÍPIO DOS PRINCÍPIOS, sendo esta, a Lei do Universo. A idéia original foi mais tarde, amplamente desenvolvida por Fu Hsi, Rei Wen e o Duque de Chou; ambos últimos que viveram no Sec. 12 a C. Alguns séculos mais tarde foi concluído por Confúcio e seus discípulos que o realizaram através de uma filosofia altamente abrangente.
O Tai Chi Chuan derivou seus princípios mais importantes do I Ching, a Bíblia Chinesa e abrangeu três aspectos básicos: simbolicamente sua base de movimentos está nos OITO TRIGRAMAS (Pa Kua). Em Chi (energia) inclui Yin e Yang, dureza e suavidade. Em Li (razão ou princípio) consiste sua lei fundamental, Tai Chi ou Tao e os princípios de amor, mutação e honestidade. Para a maestria em Tai Chi Chuan é necessário aprender a simbologia (estrutura), cultivar o Chi (energia intrínseca) e, então gradualmente, será possível compreender LI ou os princípios. Mas, a mais sistemática explanação da cosmogonia e Filosofia de Vida do I Ching, foi sustentada pelos Neo Confucionistas da Dinastia Sung (960 a 1279 d.C.)
Para compreendermos a Filosofia do Tai Chi mais profundamente, precisamos recorrer à explicação de Chou Tun Yi (1017 a 1073), o primeiro filósofo de lógica, mais tarde conhecido como Mestre Lien Chi.
O Neo Confucionismo é a continuação da ala idealista dos antigos Confucionistas e especialmente das tendências de Mêncio (o discípulo mais próximo de Confúcio). Fung Yu Lan, está certo em tentar traçar a origem do Neo Confucionismo em três linhas de pensamento: a primeira é sem dúvida o Confucionismo mesmo. A segunda é o Budismo, junto ao Taoísmo, a via do meio do Chanismo (Zen). Para os Neo Confucionistas o Zen e o Budismo, são termos sinônimos e de um certo modo o Neo Confucionismo pode ser considerado o desenvolvimento lógico do Zen. Finalmente, a terceira é a Religião Taoísta da qual a visão cosmológica da Escola do Yin e do Yang formou importante elemento. A cosmogonia dos Neo Confucionistas é estreitamente ligada a esta linha de pensamento.
O Neo Confucionismo formou um sistema genuíno de pensamento, um TODO HOMOGÊNEO. Este sistema não foi totalmente formado, até o século XI por Chou Tun Yi. Seus principais escritos são o Diagrama Tai Chi e Tung Shu. Antes disso, os Taoístas prepararam um número de diagramas místicos como uns quadros gráficos dos princípios esotéricos, através dos quais acreditavam que poderiam conseguir a iniciação individual e atingir a imortalidade. Dizem que Chou tomou posse do Diagrama originado por Ho Shang da Dinastia Tang (618 a 907 d.C.) o qual foi mais tarde reinterpretado num diagrama próprio, baseando sua filosofia em certas passagens do Apêndice do I Ching. O diagrama resultante é chamado “TAI CHI TU” OU “Explicação do Diagrama do Grande Supremo”.
O resultado é uma síntese dos pensamentos filosóficos do Confucionismo, Taoísmo e Zen Budismo e abertura de uma nova era de Li Shi das Dinastias Sung e Ming (1368 a 1644). Em resumo, o conteúdo da teoria de Tai Chi Tu Shuo consiste no seguinte: O Tai Chi é absoluto; esta é a realidade do universo ou Primeiro Princípio. É Universal, omnipresente e não pode ser designado a uma coisa ou evento. É também chamado “Supremo Genuíno” (Wu Chi), pelos Neo Confucionistas.
O Tai Chi produz duas forças, movimento e quietude, as quais produzem Yin e Yang. Estas duas formas são os dois atributos de Tai Chi, enquanto movimento e quietude representam as forças opositoras destes dois atributos.
Através da interação de Yin e Yang, os cinco elementos ou éteres: metal, madeira, água, fogo e terra, são produzidos. Com estes, céu e terra são originados. Cada um destes elementos é claro, tem sua própria natureza.
Através da composição dos dois Chi: Yin e Yang e os cinco elementos, são produzidos os inúmeros fenômenos nos quais homem e mulher são incluídos.
O ser humano é o mais inteligente de todos os seres porque ele é a cristalização da forma e espírito, corpo e mente. Esta teoria é praticamente idêntica ao Dualismo de Descartes.
O sábio definidamente estabeleceu os mais altos padrões de comportamento como coragem, honestidade, humildade e correção. Esta é a Maestria Suprema do Homem, mas a quietude é essencial para o estabelecimento desta realização máxima. Com a profunda realização do Tao, a estrutura e função do sábio, são idênticos àqueles do Céu, Terra, Sol e Lua, Quatro Estações e Espíritos. Inclusive o TEH, ou moralidade do sábio, é praticamente igual à de todo o Universo.
O Símbolo do Céu é Yin e Yang. A Natureza da Terra é Suavidade e Dureza. A Moralidade do Homem é Amor e Honestidade. Com a compreensão do princípio e do fim, o sábio conhece a teoria da Vida e da Morte. Com o estabelecimento da concepção dos Três Fatores Cósmicos ( O Tao do Céu, da Terra e do Homem), a filosofia da unidade entre Céu (natureza) e Homem, foi completada. Esta é a tradicional Filosofia do Organismo da China que é igual à concepção científica de organismo, um elemento na formação de uma visão perfeita do mundo, visto pela ciência natural.
Em resumo, os princípios expressos no diagrama, podem ser analisados em termos modernos da seguinte maneira:
Teoria da Cosmologia: Tai Chi contém movimento e quietude o que produz Yin e Yang e os Cinco Elementos, tão bem como as miríades de coisas e seres humanos.
A Teoria do Pluralismo Materialista: o céu e a terra e as miríades de coisas são formadas pelos cinco elementos.
A Teoria do Dualismo Corporal: o corpo humano consiste em estrutura e espírito ou em outras palavras é constituído por corpo e mente.
A Teoria dos Valores Morais: os mais altos padrões morais são: amor, honestidade, humildade e correção (equilíbrio). A teoria toma a quietude como o máximo a ser atingido pelo homem.
A Teoria da Personalidade Ideal: a forma e função do sábio são praticamente idênticas às do Céu, Terra, Sol, Lua, Quatro Estações e Espíritos, que são o Universo.
A Teoria da unidade do Céu e do Homem: O Tao do Céu, Terra e homem são idênticos ou melhor “é” uma coisa só.

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